domingo, 9 de abril de 2017

AS RELAÇÕES DO NEO-REALISMO COM AS ARTES VISUAIS






Lançamento da revista Nova Síntese nº 10
http://www.belasartes.ulisboa.pt/lancamento-da-revista-nova-sintese aqui; http://www.belasartes.ulisboa.pt/lancamento-da-revista-nova-sintese/

No dia 17 de Fevereiro de 2017 a apresentação da revista "Nova Sintese nº 10 realizou-se no Auditório Lagoa Henriques pelas 18h .Foi apresentada pela Professora Cristina Azevedo Tavares na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.



Da representação social em arte ao empenhamento político-artístico: Imagens d’ O Diabo - Luísa Duarte Santos 
Lançamento da revista Nova Síntese nº 10


08 de Abril de 2017
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira/Museu do Neo-Realismo e a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo apresentaram no  dia 8 de abril, pelas 15h00, no Auditório do Museu do Neo-Realismo, o nº10 da Revista Nova Síntese, dedicado às relações do Neo-Realismo com as Artes Visuais.

A sessão contou com as presenças de Vítor Viçoso, Director da Revista e António Pedro Pita, Director Científico do Museu do Neo-Realismo, e teve a apresentação de David Santos, coordenador da parte 1 deste número







 O pintor Luís Dourdil é por nós interpretado à luz de uma aproximação ao neorrealismo, a partir de uma obra de excepção: “Homens do Fogo”.
Luísa Duarte Santos desenvolve uma nova leitura sobre as relações entre a “representação social em arte” e o “empenhamento político-artístico”, a partir das “imagens” publicadas no influente “O Diabo”.





O presente número da revista Nova Síntese é dedicado às relações do neorrealismo com as artes visuais. O tema impõe-se, desde logo, pela natureza específica de uma ligação profícua e complexa (contrariando assim algumas ideias comuns que proliferam ainda na história da arte do nosso país) e que motivou o empenho de muitos dos melhores artistas da terceira geração modernista portuguesa, com expressão desde meados dos anos 40 até ao final da década seguinte. Apesar de a produção de obras de arte inspiradas por alguns princípios estéticos e éticos identificados com o movimento neorrealista ter dominado sobretudo a arte moderna portuguesa no período do imediato pós-guerra, uma poética sensível aos temas sociais, com sentido mais ou menos crítico e reivindicativo, fez o seu caminho ao longo dos anos 50 até se associar, lentamente, a uma opção mais individual de observação e prática em torno de uma nova figuração inspirada já por outras coordenadas, como podemos ler na interpretação proposta por Fernando Rosa Dias, no primeiro e mais extenso ensaio desta edição. Diríamos que, durante pouco mais de quinze anos, o neorrealismo esteve presente no percurso, no imaginário e nos desenvolvimentos da arte portuguesa de um modo que merece não apenas ser reconhecido como reinterpretado, sob a óptica de novas linhas de investigação que contribuam finalmente para desfazer mitos e ideias pouco produtivas sobre a sua importância no panorama artístico do século XX português.(...)
David Santos

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